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junho 2016
Trovadorismo
Introdução
Podemos dizer que o trovadorismo foi a
primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século
XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de
formação nacional.
Marco inicial
O marco inicial do Trovadorismo é a
“Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”),
escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da
literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o
Quinhentismo.
Trovadores
Na lírica medieval, os trovadores eram
os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o
acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas).
Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como
Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles:
“Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da
Vaticana”.
Os trovadores de maior destaque na
lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de
Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.
No trovadorismo galego-português, as
cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de
Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).
Cantigas de Maldizer:
através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas
vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados
palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na
cantiga ou não.
Cantigas de Escárnio:
nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras
eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.
Cantigas de Amor: neste
tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada,
colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais
comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o
sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o
vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de
seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não
correspondido).
Cantigas de Amigo:
enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma
mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas
cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação
da mulher pela falta do amado.
CRÔNICA
CRÔNICA
Os nobres queriam registrar seus feitos e conquistas. Para isso, contratavam os cronistas para escrevê-los. O cronista mais importante de Portugal foi Fernão Lopes, que, embora fosse um historiador, produziu uma obra de grande valor literário. Tinha um estilo claro e simples, por meio do qual demonstrava um grande domínio das palavras.
Nesse período, a prosa ganhou terreno sobre a poesia. Além disso, Fernão Lopes se diferenciou dos outros cronistas porque não centralizou os fatos históricos somente na figura do rei. Sua narrativa mostrava toda a sociedade, ressaltando principalmente os fatores econômicos e a participação do povo na história de Portugal.
Fernão Lopes deixou três crônicas:
- Crônica Del-Rei D. Pedro I;
- Crônica Del-Rei D. Fernando;
- Crônica Del-Rei D. João I.
- Fontes:https://danicunha.wordpress.com/tag/poesia-palaciana/
Humanismo
Humanismo
O Humanismo pode ser definido como um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc). Para os humanistas, os seres humanos são os responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores. Desta forma, o pensamento humanista entra em contradição com o pensamento religioso que afirma que Deus é o criador destes valores.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/humanismo.htm
Fonte: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/humanismo.htm
Novelas de Cavalaria
Novelas de Cavalaria
O que são
As novelas de cavalaria, também chamadas de romances de cavalaria, foi um gênero literário escrito em prosa, típico da Idade Média. Foi na Espanha, Inglaterra, França, Itália e Portugal que as novelas de cavalaria tiveram grande êxito, tornando-se populares. O auge deste gênero literário foi entre o fim do século XV e começo do XVII, no contexto da fase inicial do Trovadorismo.
As novelas de cavalaria mais conhecidas são as que retrataram a busca pelo Santo Graal na Idade Média, assim como as lendas do Rei Arthur.
Características da novelas de cavalaria
- Relatavam, em sua maioria, grandes aventuras e atos de coragem dos cavaleiros medievais.
- No enredo destes romances, os acontecimentos tinham mais importância do que os personagens.
- Aventuras sem fim com várias possibilidades de continuação (sequências).
- Amor idealizado do cavaleiro pela dama que amava (amor cortês). Este amor, quase sempre, era impossível. As histórias costumavam terminar de forma trágica, sem o final feliz.
- Provação da honra, lealdade e coragem do cavaleiro em várias situações como, por exemplo, batalhas, aventuras, torneios e lutas contra monstros imaginários.
- Alguns temas ligados às batalhas entre cristãos e muçulmanos durante as Cruzadas Medievais.
- As novelas de cavalaria foram marcadas fortemente pela tradição oral.
- Glorificação da violência na Idade Média.
- Referências a períodos históricos e míticos do passado.
- Eram narradas em capítulos.
- Uso de locais geográficos irreais (falsos) imaginários como, por exemplos, terras fantásticas e míticas.
- Apresentação de códigos de conduta próprios dos cavaleiros medievais.
Exemplos
- O Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda
Criadas pelo romancista inglês Thomas Malory. Contam a história de Arthur que um dia tirou a espada Excalibur da pedra e se tornou rei e comandou uma das maiores sagas contadas em livros da história.
Amadis de Gaula
Autor Garci Rodríguez de Montalvo
Os três ciclos de novelas de cavalaria:
A – Ciclo Clássico (Greco-Latino)
B – Ciclo Carolíngio
C – Ciclo Bretão ou Arturiano
Fontes: http://www.suapesquisa.com/idademedia/novelas_cavalaria.htm
http://www.coladaweb.com/literatura/novelas-de-cavalaria
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